O Jardim das Hespérides era considerado o mais belo de toda a Antiguidade. Quando Hera se casou com Zeus, recebeu de Gaia como presente de núpcias, algumas maçãs de ouro. Hera as achou tão belas que as fez plantar em seu jardim, no extremo Ocidente.
O jardim das hespérides era conhecido como jardim dos imortais, pois continha um pomar que abrigava árvores mágicas de onde nasciam os pomos de ouro, considerados fontes de juventude eterna.
Para chegar até o jardim havia muitos obstáculos, tais como a gruta das greias e a gruta das górgonas. O próprio jardim era povoado de monstros que o protegiam, tais como um terrível dragão, filho de Fórcis e Ceto, e também Ladão, o dragão de cem cabeças filho de Tifão e Equidna.
Plínio e Solino relatam apenas dois mortais (heróis) que encontraram os jardins das hespérides: Perseu quando fora enfrentar Medusa; e Héracles em um dos famosos os Doze trabalhos de Hércules.
Do jardim das hespérides saiu também o famoso "pomo da discórdia", pelo qual Atena, Hera e Afrodite se submeteram ao julgamento de Páris.
O mito do jardim das Hespérides tem as suas descrições literárias mais precisas na Teogonia de Hesíodo, que refere os "formosos, áureos pomos", e nas odes corais de Eurípides, que menciona as "nascentes de ambrósia" daquela "terra divina, geradora de vida" e a "serpente de fulvo dorso", guardiã dos pomos de ouro.