Atena, a Deusa da Sabedoria da Mitologia Grega

27/07/2020

     Atena foi, na Mitologia Grega, a Deusa da Sabedoria e na Mitologia Romana, também era chamada de Minerva. Atena nasceu diretamente do cérebro de Zeus.

Atena na Mitologia Grega:

     Atena, também conhecida como Palas Atena é, na mitologia grega, a deusa da civilização, da sabedoria, da estratégia em batalha, das artes, da justiça e da habilidade. Uma das principais divindades do panteão grego e um dos doze deuses olímpicos, Atena recebeu culto em toda a Grécia Antiga e em toda a sua área de influência, desde as colônias gregas da Ásia Menor até as da Península Ibérica e norte da África. 

     Sua presença é atestada até nas proximidades da Índia. Por isso seu culto assumiu muitas formas, além de sua figura ter sido sincretizada com várias outras divindades das regiões em torno do Mediterrâneo, ampliando a variedade das formas de culto.

     A versão mais corrente de seu mito a dá como filha partenogênica de Zeus, nascendo de sua cabeça plenamente armada. Jamais se casou ou tomou amantes, mantendo uma virgindade perpétua. Era imbatível na guerra, nem mesmo Ares lhe fazia páreo. 

     Foi padroeira de várias cidades, mas se tornou mais conhecida como a protetora de Atenas e de toda a Ática. Também protegeu vários heróis e outras figuras míticas, aparecendo em uma grande quantidade de episódios da mitologia. Wikipédia


Atena no Pensamento Grego:

     Foi uma das deusas mais representadas na arte grega e sua simbologia exerceu profunda influência sobre o pensamento grego, em especial nos conceitos relativos à justiça, à sabedoria e à função civilizadora da cultura e das artes, cujos reflexos são perceptíveis até nos dias de hoje em todo o ocidente. Sua imagem sofreu várias transformações ao longo dos séculos, incorporando novos atributos, interagindo com novos contextos e influenciando outras figuras simbólicas; foi usada por vários regimes políticos para legitimação de seus princípios, e penetrou inclusive na cultura popular. 

     Sua intrigante identidade de gênero tem sido de especial apelo para os escritores ligados ao feminismo e à psicologia e algumas correntes religiosas contemporâneas voltaram a lhe prestar verdadeiro culto. 

Seus irmãos são: Ártemis, Musa, Cárites, Ares, Apolo, Dioniso, Hebe, Hermes, Héracles, Helena, Hefesto, Minos, Perseu, Poro.

Ericnótio de Atenas:

     Herse, Pandroso e Aglauros, as três filhas do rei da Ática Cécrope I, receberam de Atena uma caixa fechada, proibindo que elas olhassem o que havia dentro. Pandroso obedeceu, mas as outras duas não, e enlouqueceram quando viram Erictônio, se jogando da parte mais íngreme da acrópole. Erictônio era filho de Atena e de Hefesto.

     Segundo Jerónimo de Estridão, Erictónio era filho de Vulcano e Minerva, e reinou de 1.437 a.C. a 1 487 a.C., sendo antecedido por Anfictião e sucedido por Pandião I.

     Pseudo-Apolodoro, após apresentar Erictónio como filho de Hefesto e Átis, filha de Cranau, explica a versão alternativa de como ele poderia ser filho de Atena, sendo Atena virgem: Atena se aproximara de Hefesto, desejosa das armas que ele fabricava, quando, rejeitado por Afrodite, Hefesto se apaixona por Atena. Ele a persegue, mas ela foge, e quando consegue agarrá-la, ela não permite o ato sexual, e Hefesto ejacula sobre a coxa de Atena. Enojada, ela se limpa, e faz o sêmen cair no chão, e daí nasce Erictónio.

     Após Erictónio ter nascido, Atena o criou, escondido dos outros deuses, e colocou-o em um baú, entregando-o a Pândroso, filha de Cécrope I, e proibindo-a de abrir o baú. Mas suas irmãs, curiosas, o abriram, e viram uma serpente enrolada no bebê. Segundo alguns autores, elas foram mortas pela serpente, segundo outros, elas enlouqueceram pela ira de Atena e se jogaram da acrópole.


CULTO A ATENA:

     A Deusa Grega Atena teve o seu centro de culto mais importante em Atenas, cidade da qual era a padroeira, uma proteção estendida a toda a Ática. Em muitos locais Atena era cultuada em associação com outras divindades e heróis, como Erictônio, Hefesto, Posídon, Deméter e Teseu. Nos ritos que estavam associados a funções legais muitas vezes era servida junto com Zeus. Mas não se limitou à Ática, ao contrário, como uma deusa urbana por excelência, protetora das cidades, a presença de Atena é atestada em quase toda a volta do mar Mediterrâneo, penetrando pelo oriente até a Pérsia. 

     Seus atributos e o seu culto conheceram assim infinitas variações, o que torna impossível defini-los como homogêneos. De fato, como observou Deacy, houve tantas Atena quantas foram as cidades que a adotaram em suas religiões, e se registram dezenas delas onde Atena era não apenas cultuada, mas se tornara a divindade principal. Cabe, porém, um detalhamento do seu culto em Atenas e entorno, onde adquiriu uma importância excepcional.


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FESTIVAIS:

     O festival da Plintéria tinha como centro a limpeza anual da mais antiga e mais sagrada dentre as imagens da deusa conservadas na acrópole, o Paládio, que era honrado com um fogo perpétuo e segundo a tradição fora capturado pelos gregos que lutaram em Troia. Era realizado por um pequeno grupo de sacerdotisas na lua nova entre fins de maio e início de junho, longe das vistas do público, numa cerimônia propiciatória e purificadora que encerrava um ciclo agrícola e magicamente preparava o ciclo seguinte. 

     Aparentemente o rito se desenrolava todo na acrópole, e iniciava com a remoção de seu manto, seguido da colocação de um véu sobre a estátua despida e lavagem do manto; um ou dois dias depois a própria imagem era lavada, recebia seu manto limpo e era adornada com uma coroa de ouro e outros ornamentos preciosos, além de possivelmente ser ungida com óleo. 

     A lavagem da estátua estava associada ao nascimento da deusa e recontava as primeiras celebrações dedicadas a Atena em tempos imemoriais. O festival se repetia em toda a Ática e em várias outras localidades gregas, apresentando muitas variações, mas todas as descrições remanescentes de ritos gregos são pobres em detalhes. Também a época do ano em que a Plintéria era celebrada podia variar de acordo com costumes locais. 

Bônus: em outras religiões:

     Alguns exemplos de seu culto em outras regiões podem dar uma ideia sobre a sua diversidade. Em Lindos, na ilha de Rodes, que como muitos locais reivindicava ser o local de nascimento de Atena, seus sacrifícios tinham a peculiaridade de ser executados sem fogo. 

     Em Argos se realizava a Plintéria não na acrópole local, mas uma estátua de Atena era levada em procissão até o rio e ali despida e banhada. Os homens eram impedidos de assistir, pois podiam incorrer na ira de Atena e ser cegos se a vissem nua. Na Líbia os seus ritos estavam associados aos da ninfa aquática Tritonis e eram realizados por sacerdotisas vestidas com armaduras. 

     Em Tebas ela era adorada como deusa da cidade mas não tinha templo, e as cerimônias se davam diante de uma estátua e altar ao ar livre. Em Coroneia era uma deusa da paz, da poesia e da vegetação, e seu culto estava ligado ao mundo subterrâneo, adorada juntamente com Hades. 

     Em tempos clássicos em praticamente todas as partes o culto de Atena se caracterizou por ter uma feição civilizada para os padrões da época, sem sinais de traços orgiásticos ou bárbaros, coincidindo com a progressiva purificação do mito que fez dela uma deusa perenemente virgem, mas há relatos sobre a sobrevivência de práticas bastante rudes em alguns locais isolados, onde teriam sido realizados sacrifícios humanos destinados a aplacar sua ira, rememorando episódios do mito, como quando a deusa furiosa teria jogado as filhas de Cécrops da rocha da acrópole por terem desobedecido suas ordens, ou quando vingou o ultraje a Cassandra.

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